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Desafios e avanços no tratamento da Anemia Falciforme em Pernambuco

Em alusão ao tema, SES e MPPE promovem palestra

O Dia Mundial da Doença Falciforme, celebrado nesta quarta-feira, 19 de junho, é uma oportunidade para incentivar a conscientização sobre o problema de saúde estabelecido a partir da condição genética e que afeta milhões de pessoas. Instituído pela ONU, em 2008, o Dia Mundial da Doença Falciforme enfatiza a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Em Pernambuco, o Hemope é um centro especializado na doença falciforme.

A doença falciforme resulta de uma mutação genética que deforma as hemácias, dificultando o transporte de oxigênio e causando complicações graves como dor intensa e danos aos órgãos. Em países como o Brasil, onde a prevalência é alta, especialmente aqui no Estado, a conscientização é vital para combater o estigma e garantir acesso a cuidados de saúde.

Os tratamentos para anemia falciforme incluem principalmente cuidados com a vacinação para crianças – vacinas 13 e 23 valente pneumocócicas -, uso de hidroxiureia em todos os casos desde a infância, se possível, e transfusões eventuais. É importante que tanto as crianças quanto os adultos recebam todos os imunizantes necessários. Além disso, o HEMOPE também oferta os cuidados a estes pacientes, tanto no Recife, quanto  nos centros de Caruaru, Serra Talhada e Petrolina, para dar maior atenção às pessoas do interior.

AVANÇOS – Nos últimos anos, avanços no tratamento, como novas terapias medicamentosas e transplante de medula óssea, têm melhorado a qualidade de vida dos pacientes. Além do cuidado médico, o apoio emocional e psicológico é essencial, com organizações e grupos de apoio desempenhando um papel importante.

Para o médico hematologista do Hemope, Aderson Araújo, o Dia Mundial da Doença Falciforme reforça a necessidade de educação contínua e políticas de saúde inclusivas, promovendo solidariedade e apoio aos pacientes e suas famílias, impulsionando a pesquisa para uma possível cura no futuro. 

“Os principais desafios que enfrentamos incluem a desinformação sobre a doença, que é pouco conhecida. A anemia falciforme afeta predominantemente pessoas pobres e negras, sendo amplamente vivenciada no sistema público de saúde. Por isso, é crucial realizar um trabalho contínuo de educação, especialmente nas escolas médicas, para que os futuros profissionais entendam a importância do cuidado com esses pacientes desde a infância”, ressalta Anderson.

EVENTO – Em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme, o GT Racismo do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) promovem, nesta quinta-feira (20/06), uma palestra com a médica hematologista Alessandra Ferraz, na sede do MPPE. As vagas são limitadas, e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail gtracial@mppe.mp.br.

É muito importante que toda a população e profissionais de saúde tenham conhecimento sobre a Doença Falciforme, pois o diagnóstico precoce, o acompanhamento médico e o tratamento garantem uma melhor qualidade de vida.

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