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Saúde começa a testagem para Febre do Oropouche

10% das amostras negativas de arboviroses passarão pelos testes

Com o objetivo de ampliar a testagem de arboviroses no Estado de Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), por meio do Laboratório Central (Lacen-PE), passou a testar para Febre do Oropouche, nesta quinta-feira (15/05). O vírus Oropouche é uma arbovirose transmitida pela conhecida “muriçoca” (Culex quinquefasciatus), diferente da dengue que tem como vetor o Aedes Aegypti.

O Laboratório Central de Pernambuco (Lacen/PE) vai realizar a testagem de 10% das amostras negativas para Dengue, Zika e Chikungunya no período de janeiro até o momento. O laboratório é responsável pela testagem de, em média, 250 amostras de arboviroses por dia e 7 mil por mês. 

A diretora geral do Lacen/PE, Keilla Paz, ressalta o papel do laboratório na orientação das ações de vigilância e controle das arboviroses. “Com a inclusão da testagem para o vírus Oropouche, o Lacen amplia sua capacidade de detecção, permitindo uma resposta mais eficaz e oportuna a surtos dessa arbovirose emergente, protegendo a saúde pública e reduzindo o impacto dessas doenças na população”, destaca Keilla.

A testagem para o vírus Oropouche foi orientada pelo Ministério da Saúde (MS) para todos os Estados que fazem parte da região extra-amazônica. No Nordeste, os estados da Bahia e Piauí identificaram casos da doença, permitindo que Pernambuco inicie o mapeamento precoce de possíveis manifestações da doença na região.

“É vital para a vigilância do vírus que pode circular no nosso Estado”, destaca Eduardo Bezerra, com relação à testagem antecedente a uma possível presença do vírus em Pernambuco. “Procuramos manter o sistema em alerta para uma possível entrada do vírus na nossa região. Essa ação favorece a adoção de medidas de saúde adequadas e pensadas corretamente no combate às arboviroses, principalmente no período sazonal que enfrentamos”, explica Eduardo. 

Febre do Oropouche – No Brasil, o arbovírus Oropouche foi identificado no ano de 1960, sendo mais comum na região amazônica e raras detecções em outras regiões do país. A Febre do Oropouche tem como transmissor um mosquito famoso entre os nordestinos: o pernilongo ou muriçoca (Culex quinquefasciatus). Seu enfrentamento é ainda mais complicado que o transmissor da dengue porque sua eliminação é quase que exclusivamente mecânica, ou seja, na mitigação dos focos. A muriçoca não tem grande exigência para se reproduzir, preferindo água parada e suja.

A doença em si tem alguns sintomas em comum com a dengue, o zika e o chikungunya. Febre, dor muscular ou de articulação e náusea. A ocorrência de uma dor de cabeça mais intensa que as demais arboviroses, além da diarreia, podem ser consideradas um diferencial da Febre do Oropouche.

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