Cerca de metade dos pacientes com patologia não apresentam sintomas
Na próxima sexta-feira (17/05), vivencia-se, mundialmente, o Dia da Hipertensão. A doença, diagnosticada a partir da elevação persistente nos níveis da pressão arterial, não tem cura, mas tem tratamento. A data alusiva ao problema de saúde tem o objetivo de alertar a população sobre os riscos da patologia, considerada cada vez mais comum na sociedade moderna. O tratamento para o controle da pressão arterial inclui mudanças nos hábitos de vida e o uso de medicamentos.
De acordo com o médico cardiologista e diretor-geral de Telessaúde da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), Frederico Jorge Ribeiro, em cerca de 90% dos casos diagnosticados na rotina clínica, a hipertensão pode se desenvolver sem causa definida. Os outros 10% dos pacientes adquirem a doença de forma secundária a outra patologia, como por exemplo, a partir de problemas renais e tumores. “Cerca de metade dos pacientes tem hipertensão, mas não apresentam nenhum sintoma. Medir periodicamente sua pressão, mesmo sem sintomas, é importante para iniciar tratamento e evitar complicações”, destaca.
No Brasil, a Sociedade de Cardiologia, em sua diretriz, classifica como pré-hipertensão a pressão arterial sistólica ou máxima igual ou maior que 130 e a diastólica ou mínima igual ou maior que 80mmHg (13 por 8), para medida de consultório. O diagnóstico da doença é confirmado quando a pressão está persistentemente igual ou acima de 140mmHg para a pressão sistólica e 90mmhg para diastólica (14 por 9). O objetivo do tratamento é manter a pressão idealmente com níveis igual ou abaixo de 120mmHg para a pressão máxima e 80mmhg para a mínima (12 por 8).
“Estudos têm mostrado que o controle da hipertensão arterial tem sido pouco satisfatório. As causas são diversas e têm relação com o abandono ou não adesão ao tratamento, às medidas de mudança de hábitos de vida e dieta, aspectos culturais, falta de conhecimento sobre sua doença, dentre outros motivos. A equipe de saúde tem um papel fundamental para melhorar a adesão e o engajamento do paciente ao tratamento.”, destaca o cardiologista Frederico Jorge.
Entre as principais complicações da hipertensão não controlada estão problemas graves como acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal aguda ou crônica, entre outros. A visita ao médico, medidas regulares da pressão e a realização de exames de rotina são cruciais para a descoberta, tratamento e controle da doença.