A Cepe Editora é finalista da 65ª Edição do Prêmio Jabuti com Extremo Oeste, primeiro romance do paranaense Paulo Fehlauer. Vencedor do 6º Prêmio Cepe Nacional de Literatura, o livro concorre na categoria Autor Estreante (Eixo Inovação), com outros quatro trabalhos. A lista com as cinco obras selecionadas por categoria, na nova fase da premiação, foi anunciada nesta terça-feira (21) pela Câmara Brasileira do Livro (CBL).
“Fiquei muito feliz de estar entre os cinco finalistas, é muito gratificante. A gente escreve pensando em um leitor imaginário e um reconhecimento como esse é uma forma de perceber que esse leitor não é só imaginário e que o livro encontra leitores, leitores bastantes qualificados. Para um autor estreante, a indicação acaba sendo um grande estímulo para continuar produzindo, escrevendo e publicando novos romances”, afirma Paulo Fehlauer.
Para Diogo Guedes, editor da Cepe, “Extremo Oeste é uma estreia na literatura como poucas: por meio de fotografias, cartas e fragmentos, Paulo Fehlauer constrói uma narrativa sobre a ausência, ou sobre os rastros de uma amizade. Ficamos muito contentes com a indicação da obra entre os finalistas do Jabuti, o que é um reconhecimento da qualidade da obra e também do papel do Prêmio Cepe Nacional de Literatura.” No Jabuti 2020, a Cepe venceu o Livro do Ano e a categoria Poesia com Solo para Vialejo, de Cida Pedrosa.
Extremo Oeste, escrito ao longo dos últimos dez anos, é ambientado em Guaíra, cidade do extremo Oeste do Paraná que, ao longo dos séculos, foi ocupada pelos indígenas, invadida pelos espanhóis e impactada pela hidrelétrica de Itaipu. Nas 224 páginas do romance, o autor relata a anatomia de uma amizade de infância e seu inesperado fim. A narrativa, contada entre viagens, fugas e autoexílios, aborda traumas históricos, memórias e as buscas pessoais empreendidas pelo personagem principal.
Paulo Fehlauer nasceu em Marechal Cândido Rondon, oeste do Paraná, em 1982, e reside em São Paulo (SP). Graduado em jornalismo e mestre em Estudos Literários pela Unifesp, ele é fotógrafo, produtor audiovisual e artista visual. Em 2008, fundou o Coletivo Garapa, com o qual desenvolve uma trajetória artística que inclui trabalhos exibidos em instituições como Masp, MAM-SP, MIS-SP e Instituto Moreira Salles. Agora, é finalista do Jabuti, considerado o mais importante prêmio literário do Brasil.
Ele concorre com A tessitura da perda, de Cristianne Lameirinha (Editora Quelônio), O céu no meio da cara, de Júlia Portes (NAU Editora), Síngulas Brasilis Fantásticas, de Valentim Biazotti (Editora Penalux) e Sismógrafo, de Leonardo Piana (Edições Macondo). Em 2023, o Jabuti registrou 4.245 obras inscritas. Os livros vencedores em cada uma das 21 categorias, distribuídas em quatro eixos, serão anunciados em 5 de dezembro, no Theatro Municipal de São Paulo.